Brasileira-Polonesa. Formada em Desenho Industrial com foco em Design Gráfico pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) em 2015, e com pós-graduação (graduate diploma) em Artes visuais em Chelsea School of Arts em Londres (Chelsea UAL, London) em 2018.
A pesquisa investiga a memória, a partir da convivência com dislexia, que costuma dificultar certos processos de recordação. No meio de pensamentos caóticos, acumulados, há uma busca em expressar as memórias a partir da relação entre lembrança e esquecimento que culminam num objetivo principal que é documentar o caminho percorrido pela mente, assim os trabalhos muitas vezes são resultados de pequenos gatilhos aleatórios derivados do inconsciente constituídos pela relação com o mundo. Nessa busca de compreensão, a psicologia oferece um grande entendimento sobre o inconsciente e possibilita uma base para seu trabalho.
Surgem assim artefatos efêmeros, que eventualmente podem perder o seu sentido, por desgaste ou apagamento, espelhando o gênio misterioso da memória humana, muitos deles em tecido, que é utilizado muitas vezes como suporte, pois possui um valor sentimental para a sua família e também oferece uma grande plasticidade, que se assemelha a maleabilidade do inconsciente, além de permitir o uso de diferentes materiais, como tinta, linha, canetas permanentes, entre outros, para construir objetos e imagens compostas por camadas de desenhos, pinturas e costuras, se dispondo de um caráter de natureza confusa, trazendo a tona a dificuldade de traduzir nossas mentes para uma imagem “legível”.