Vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro

Marcos Duarte

Inicia suas pesquisas em 2009, na Oficina 3D da Escola de Artes Visuais (EAV) – Parque Lage, sob orientação de João Carlos Goldberg. Em 2013, se torna assistente de ensino e, a partir de 2015, passa a coordenar as atividades desenvolvidas na Oficina 3D. Em 2019, se torna professor da EAV, ministrando o curso contínuo Oficina de Transformação de Materiais. Andy Goldsworthy, Giuseppe Penone, Constantin Brancusi, Franz Krajcberg e Richard Long, que percorrem territórios onde prevalece a potência emanada da natureza, são referências em seu trabalho. Em suas pesquisas, explora fronteiras difusas e ressignificações do humano e da natureza, projetando formas que traduzem esses vínculos.
Participou da Feira Internacional de Arte do Rio de Janeiro (ARTRIO), nos anos de 2015, 2016, 2017 e 2022,com instalações e trabalhos apresentados ao ar livre. Seus trabalhos integram o acervo do Museu de Arte Contemporânea, MAC-Niterói, e de colecionadores brasileiros.
A singularidade das explorações e vivências em land art vem sendo registrada em fotografias, instalações, esculturas e objetos. São registros, de imersões em territórios onde se conectam atmosfera, ciclos de vida e trilhas formadas por seres não-humanos que circulam através de pastos e são regulados por cercas. As séries Vestígios imagináveis e Leite derramado, trazem memórias de paisagens onde o imaginário se confunde com a superfície do território. São paisagens periféricas, habitadas pela animalidade e sua mítica; territorialidades invisíveis, dispersas, semi-ocupadas, semi-produtivas ou improdutivas, sem identidade, devastadas, erodidas, em sua dinâmica persistente. Nesses pastos há subjetividades que repercutem no planeta, transformando a atmosfera, a vida em alimento. Desconectada e muda, essa paisagem fala e sua intimidade emerge dos ossos bovinos, testemunhos do que resta quando a vida se esgota, que concentram tudo o que não se extingue por efeito do tempo.

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